
Dentre todas as coisas que não voltam, a que mais me doi é a nossa intimidade.
O telefone sempre tocava em tarde pacatas e em noites monotonas, a saudade batia, eu te via, a gente sorria, a gente temia...Temia o fim.
Ele não chegou, pelomenos eu não o aceito, todos os nossos contratos, relatos, todos os fatos, não foram engolidos pelo tempo, não foram levados pelo vento, estão por ai, queimando em meu coração.
Como flash back, me pego em 2006, no ano em que avistei você, no ano em que eu ousei, me apaixonei,te encontrei, quem é você que foi embora?
Quem sou eu que te abandonei?
Aonde estamos nós, as sextas atarde, aos sabados anoite, nas manhãs de domingo?
O que me atraiu todo esse tempo em que não conseguir te trazer de volta?
Não, eu não tenho resposta, eu as busco, eu te procuro, não te encontro...não te encontro.
Durante uma viagem, eu rezei para você voltar, e você não volta, mas eu vou esperar, pois o nosso filme tem um roteiro sem fim...
Eu te peço volta, eu te peço vem, eu suplico, é você não é mais ninguém...