
Na estrada as 04:00 da manhã, só o som do vento, e um desagradavél cheiro de cigarro na minha roupa.
Eu realmente não queria voltar pra casa, que sentido havia de ter em chamar a minha casa de lar?
As luzes de toda a estrada ainda acessas, parei o carro e eu fui ver se tinha algo para aquecer a minhas mãos no porta-luvas, mas não havia nada além de mais um espaço vazio.
De onde eu voltava naquela madrugada, estava cheia de alegria, cheia de amigos, cheio de perigo, se era aquilo, tudo o que eu queria por que estar tão triste agora?
A solidão sempre vem, e me leva para o lugar onde eu não quero ir, eu tenho uma casa, e não um lar.
Os fins sempre serão para mim grandes problemas a infrentar, fim de tarde, fim de semana, fim de festa, eles me fazem voltar pra onde eu não quero.
Ligando o carro, vi o terço se mover no retrovisor central, a minha mãe havia colocado aquilo ali, e aquele carro que me enchia de liberdade fora de meu pai, o som só saia por que meu irmão havia com todo seu intusiasmo instalado pra mim, e todos os cds tinham o nome da minha irmã na contra capa.
Eu nunca fiz questão de uma casa, eu sempre quis um lar...
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